Cientistas chineses quebram criptografia, mas Bitcoin ainda está seguro
Pesquisadores da Universidade de Xangai, na China, anunciaram um avanço importante na quebra de criptografia RSA utilizando computação quântica.
Essa conquista gerou preocupações sobre a segurança de sistemas criptográficos globais, incluindo o Bitcoin (BTC). No entanto, especialistas apontam que, apesar do progresso, a criptomoeda mais famosa do mundo ainda está segura.
O analista e criptólogo Rafael Castaneda, em uma publicação no X (antigo Twitter), destacou que a criptografia usada no Bitcoin, baseada em ECDSA e SHA-256, é muito mais robusta do que o RSA recentemente comprometido.
“Esse avanço nos coloca mais perto de um cenário em que a computação quântica pode representar uma ameaça real, mas ainda não é o fim do Bitcoin”, afirmou Castaneda.
O ECDSA (Elliptic Curve Digital Signature Algorithm), usado para proteger as chaves públicas e privadas do Bitcoin, oferece uma camada de segurança extremamente difícil de ser quebrada.
Por sua vez, o SHA-256, responsável pela mineração e integridade da blockchain, também permanece resistente à computação quântica. Ambos os algoritmos são significativamente mais complexos do que o RSA de 22 bits quebrado pelos cientistas chineses.
Cientistas chineses quebram criptografia, mas Bitcoin ainda está seguro
A equipe chinesa utilizou um computador quântico para quebrar o RSA, um sistema de criptografia amplamente utilizado, mas em uma versão muito mais simples do que as aplicadas atualmente.
Sistemas modernos, como o RSA de 2048 bits, ainda estão fora do alcance das capacidades computacionais quânticas atuais. Segundo Castaneda, o ataque quântico quebrou um RSA de apenas 22 bits, enquanto a criptografia utilizada no Bitcoin é muito mais sofisticada.
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Apesar de a computação quântica avançar rapidamente, Castaneda alerta que os cenários em que ela poderia quebrar o Bitcoin são alarmantes.
Uma vez que a tecnologia esteja suficientemente desenvolvida, seria possível adivinhar a chave privada de uma carteira a partir da chave pública, permitindo o roubo de fundos. Além disso, uma quebra no SHA-256 poderia permitir ataques de 51%, comprometendo o consenso da rede e possibilitando fraudes como o gasto duplo de bitcoins.
Embora os avanços recentes despertem preocupação, especialistas garantem que o Bitcoin ainda não está sob ameaça imediata. A tecnologia precisa evoluir muito para se tornar uma ameaça real à segurança da criptomoeda, e a comunidade de desenvolvedores já trabalha em soluções para manter o BTC protegido.
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